Quando ainda somos criança, é contado uma história de que durante a noite de natal
o papai noel entra pela chaminé e deixa os presentes na árvore natalina
sem que ninguém o veja. Logo se pensa, quantas casas aqui no Brasil tem
chaminé? Menos de 2% de todas as casas. Mas somos crianças, e isso não
conta em nada. Vê-se em filmes também de que podemos escrever uma carta
ao papai noel pedindo o que vamos ganhar, mas acho que muitas crianças
já se frustraram com isso.
O que ninguém sabe é de onde veio a lenda do papai noel. Vou-lhes contar como tudo começou.
Noel - O início
Por volta de 1810 na Groelândia, o natal era comemorado com muitos
enfeites feitos de gelo, e bonecos de neve originaram-se de lá. Os
presentes simbolizavam toda aquela história cristã de onde realmente originou-se o natal. Mas quem era Noel?
Noel era um barbeiro,
com seus poucos mais de 60 anos de idade,
um homem que sempre teve uma vida sofrida, e que era sempre
discriminado por ser filho de um homem, cuja morte foi consequência de
uma tentativa de assassinato ao prefeito de sua cidade. Todos olhavam
para Noel com desgosto, e com isso ele carregaria a sina culposa de seu
pai para o resto da vida. As poucas pessoas que frequentavam sua
barbearia tinham certa pena dele, e se dispunham a ser clientes para que
ele tivesse um serviço honesto, mas isso não significava que essas
pessoas não iam com certo aperto no coração de medo, e Noel percebia
isso.
Ele sempre fazia sua própria barba. Todos os dias pela manhã ele
acordava bem humorado, disposto a fingir que nada acontecia à sua volta,
e que seu passado não o perseguia. Aos primeiros minutos do sol da manhã, ele abria sua barbearia, e esperava horas e horas até que um freguês entrasse pedindo algo de seus serviços.
Numa bela manhã do dia 08 de janeiro de 1811, uma linda mulher, loira de
cabelos cacheados e muito simpática entrou em seu estabelecimento
pedindo alguns retoques em seu cabelo. Noel sorridente, mostrou-lhe a
cadeira, cercou-lhe o corpo com uma capa protetora
para que ela não se suja-se e começou uma pequena e gostosa conversa na
qual ele nunca teve em sua vida. A mulher parecia despreocupada, como
se Noel não estivesse carregando aquela culpa que não era sua, ou então
ele estaria sonhando.
Em certo ponto da conversa, a mulher se apresenta dizendo se chamar
Grace e que acabara de se mudar da Finlândia para ali e que ainda não
conhecia ninguém. Noel desanimadamente entendeu na mesma hora o motivo
para tanta indiferença quanto a seu caráter, mas isso duraria pouco.
No minuto em que ele iria começar o serviço, já com a tesoura na mão,
algumas pessoas ao lado de fora começaram a bater na porta gritando para
que Grace saísse dali.
- Grace, saia daí agora, esse homem é filho de um assassino. Se não quiser morrer saia daí agora.
Grace reconheceu o homem com voz estridente e apavorosa. Era seu marido.
No mesmo instante das últimas sílabas vindas da voz dele, Grace começou
a chorar e pedir por favor para que Noel não fizesse nada. Ela saiu
correndo dali.
Poucos segundos após, o silêncio pairava sob sua barbearia novamente e
este foi o momento fulminante na decisão de uma mudança radical em sua
vida.
- Não aguento e não vou mais tolerar isso.
Vociferou Noel.
- Deste momento em diante serei outro homem, e à partir de agora eles devem começar a realmente se preocupar comigo.
2 anos depois - Véspera de natal
A barbearia de Noel estava fechada à 2 anos, e ninguém mais ouviu falar
de Noel ou o que tenha acontecido com ele. O fato é de que todos da
cidade estavam aliviados.
Era véspera de natal de 1813. Na base da grande árvore enfeitada no
centro da cidade, um homem de roupas de frio brancas, botas pretas,
gorro branco e barba branca sentava numa grande poltrona. Balançando um
pequeno sino gritando hohoho ele dizia:
- Hohoho, sou o velhinho dos presentes. Venham todas as crianças a mim e
digam o que querem ganhar. O velhinho dos presentes vai dar. Hohoho.
E toda a população espantada por aquele estranho personagem começaram a
se aglomerar em volta da árvore com muita curiosidade. Noel, que antes
tinha barba e cabelo bem feitos, agora estava irreconhecível, senho
denominado à partir de agora o "Velhinho dos Presentes".
Crianças ao escutarem as palavras do velhinho , ficavam atiçadas a irem
ao encontro dele. No final, Noel tinha uma enorme lista com os pedidos
das crianças com endereço fornecido pelos pais e já era conhecido entre
as crianças como papai.
Natal marcado na história
Dia de natal. Durante o dia todos estavam apressados e empolgados com as
festividades noturnas, enquanto Noel, mais tarde conhecido como Papai
Noel, colocava em prática todo seu plano.
A cidade era pequena, e ao total na lista de Noel haviam 88 crianças.
Noel durante o dia todo sem descansar construía com suas próprias mãos
os brinquedos das crianças. Eram carrinhos de madeira, bonecas de pano e
muitas outras coisas que ele não havia entendido, mas que inventava
novos brinquedos.
Durante a noite de natal,
Noel esperou as festas cessarem, para que antes de terminar a noite,
enquanto todos estavam exaustos dormindo em suas casas profundamente,
ele entrasse pelas chaminés e colocava em prática todo seu plano.
Depois de entrar pela chaminé, Noel caminhava até a árvore natalina da
casa, colocava um brinquedo endereçado à criança da casa, e logo em
seguida procurava os quartos de seus pais. Ele levava consigo um saco
com os presentes, e em seu cinto uma grande faca e uma pequena navalha.
Ao entrar no quarto dos pais, Noel retirava a faca e matava o homem e a
mulher com golpes mortíferos no peito de cada um. Depois retirava seus
olhos e os guardava numa pequena caixa que ficava dentro do saco de
presentes. Com a navalha ele deixava as duas pessoas carecas e sem o
couro da cabeça também, relembrando agora seu antigo serviço de
barbeiro. Estava concluído seu serviço. Próxima casa.
Fui uma noite exaustiva para Noel, mas logo na manhã seguinte o
resultado foi uma verdadeira e abominável cena de desespero em todos os
cantos da cidade. Assim como ele queria e planejara. Políciais, famílias
e visitantes nervosos e desesperados sem saber o que fazer, quando uma
voz em meio à multidão gritou apontando para a grande árvore de natal do
centro.
- Foi o velhinho dos presentes. Olhem a ávore de natal.
As pessoas em conjunto olharam com atenção aos enfeites pendurados em
cada ponta do grande pinheiro. Os olhos de todas as vítimas estavam ali,
no lugar das bolas brilhantes. Enquanto isso dezenas de sacos pretos
circulavam para retirar os corpos das casas.
Todos os que estão mortos foram aqueles que tinham filhos e os levaram
até ele na véspera de natal. Por sorte ele não fizara nada com as
crianças.
Outra voz gritava:
- Vamos matá-lo.
Assim todos em união vasculhavam beco por beco pelo velhinho dos presentes, mas durante mais de 2 horas nada encontraram.
Ao passar em frente da antiga barbearia de Noel, alguns participantes de
um grupo perceberam que aquele lugar não estava mais abandonado.
Rastros de botas por toda a neve da calçada marcavam o caminho até a
porta, que agora já não tinha mais neve sob a fechadura.
Com um pesado chute, a porta veio abaixo rapidamente, e em dupla
entraram as primeiras pessoas. O restante do grupo aguardava ancioso por
vingança. Esperavam um sinal para invadirem a casa e matarem o velhinho
dos presentes. Mas alguns segundos se passaram, e a única coisa que
escutaram foi o silêncio seguido por dois corpos que foram jogados para
fora mortos e com as gargantas rasgadas. Em seguida Noel saiu pela porta
da frente com sua roupa branca, agora vermelha de sangue, gritando:
- Hohoho venham pegar seus presentinhos com o Papai Noel. Hohoho.
Ele entrou e o silêncio dentro da barbearia só era cortado pelos gritos da multidão.
A polícia chegou e cercou todo o quarteirão. Eles queriam invadir para
tentar prender Noel, mas a população em massa chegou gritando:
- Vamos queimar o Papai Noel.
E foi o que fizeram. As chamas foram tão fortes e altas que para chegar
perto do local da barbearia as pessoas tiveram que esperar mais de 1 dia
para o calor diminuir.
A lenda
A história do papai Noel foi distorcida com o tempo, e hoje, pelo menos
em teoria ele é uma boa pessoa, um bom velhinho. Mas lembrem-se de quem
ele realmente foi no passado.
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