Eu, Rodrick, era aluno novo na Smart Study High School, na Califórnia,
Estados Unidos, 1998. Na época, estavam produzindo a primeira temporada
de um desenho chamado The Fairly OddParents, que seria sobre um garoto
que têm duas fadas que realizam todos os seus desejos. A série só viria a
ser exibida originalmente em 2001, mas a produção iniciou em 1998,
quando eu estava no último ano da High School, que atualmente é chamada
de Ensino Médio.
Bem, como eu já disse, eu era um aluno novo, então eu não conhecia
ninguém daquela escola, e eu tinha me mudado para ela porque eu tinha
sido expulso da minha escola antiga, a California Rainbow High School,
pois tinha sido pego infiltrando-me nos computadores da escola para
mudar minhas notas, que estavam péssimas.
Enfim, nessa Smart Study HS, minha nova escola, no primeiro dia de aula,
conheci um garoto muito estranho. O nome dele era Jay Young, e ele fez
dupla comigo em um trabalho de biologia. No trabalho, teríamos que nos
reunir para escrever o trabalho teórico, então combinamos de, naquela
tarde mesmo, eu ir na casa dele para fazermos o trabalho.
Lá pelas seis da tarde, eu cheguei na casa dele que, por pura
coincidência, era ao lado da California Rainbow, minha escola antiga.
Chegando lá, entrei pela sala e vi seu pai, Albert Young, conversando
com um outro homem, em frente à uma lareira; ambos estavam sentados no
sofá. Quando andei mais um pouco, percebi quem era o outro homem. Um
homem de trinta e poucos anos, com cabelos pretos e curtos. Era o Butch
Hartman! Sabe quem é Butch Hartman?! Isso mesmo! Ninguém mais, ninguém
menos que um dos diretores e roteiristas de Johnny Bravo! Você pode
achar que era meio infantil um garoto do último ano do Ensino Médio
gostar de Johnny Bravo mas, pode crer, eu era o fã número-um do desenho.
Apenas graças a isso eu reconheci o Butch.
— Seu pai é amigo do Butch Hartman, diretor e roteirista do Johnny Bravo?! — perguntei para o Jay.
— É, por quê? — ele respondeu.
— Bem, porque eu sou o fã número 1 de Johnny Bravo! Por favor, me deixe conhecê-lo!
— Claro, você pode até tirar uma foto com ele! Bem, na verdade, meu pai é
profissional em supervisão destoryboards para desenhos animados... O
Butch está aqui porque o meu pai vai ser supervisor de storyboard de um
novo desenho que o Butch está criando, vai se chamar Fairly OddParents, e
vai ser sobre um garoto que tem duas fadas 'de estimação' que realizam
todos os seus desejos.
— Que legal, mano! Me deixa conhecer ele e esse projeto, por favor!
— Ok, calma aí. — ele disse, me puxando para perto do Butch e Albert. —
Sr. Hartman, esse é meu colega na Smart Study HS, e ele é super-fã de
Johnny Bravo, o desenho no qual o senhor às vezes é diretor e
roteirista, e ele gostaria de conhecer esse projeto do Fairly
OddParents!
— Claro, meu jovem! — disse o Butch, olhando para mim. Meu Deus, meu
ídolo estava conversando comigo! — Vou te mostrar alguns desenhos que eu
fiz dos personagens.
O Butch tirou de uma mochila várias folhas de ofício, com alguns desenhos muito legais.
— Este é o Timmy Turner, o personagem principal do desenho. Ele vai ter
pais que não dão a mínima para ele e uma babá diabólica, Vicky, que o
maltrata. Graças a isso, ele ganha um casal de Padrinhos Mágicos — e
então ele mostrou um desenho de duas fadas, uma de cabelo verde e outra
de cabelo rosa —, Cosmo e Wanda; eles realizam todos os pedidos do
garoto, e isso o mete em várias confusões, já que ele tem que manter o
segredo de que tem Padrinhos Mágicos, pois se alguém descobrir que ele
os possui, os Padrinhos terão que deixá-lo e irem viver no Reino das
Fadas novamente.
— Que legal! — falei, entusiasmado. Eu era uma das primeiras pessoas a
saber do novo projeto do Butch! — Só tenho uma dúvida... por que todos
os personagens têm apenas quatro dedos, e não cinco?
O sorriso que havia no rosto de Butch desapareceu. Ele olhou para as
mãos de Albert e Jay Young. E eu também olhei. As duas mãos — tanto do
pai quanto do filho — tinham apenas quatro dedos ao invés de cinco! Que
horror! Então olhei para as mãos de Butch... ufa, as mãos dele tinham
cinco dedos mesmo.
— Meu Deus, por que as mãos de vocês têm apenas quatro dedos?! —
perguntei, virando-me par aos Young, e sem perceber que o Butch tirou
uma machadinha de sua mochila, e cortou fora o dedo mindinho de minha
mão direita, e depois da minha mão esquerda. Eu comecei a gritar.
— Por causa DISSO! — Butch disse. Minhas mãos estavam sangrando.
Ele pegou meus mindinhos que ele tinha cortado fora, e jogou-os na
lareira, recitando palavras demoníacas, e sorrindo, assim como o pai e o
filho Young. Então ele disse:
— Nós adoramos à um tipo diferente de fonte, o Diabolus dígitos, do
latim, Diabo dos Dedos! É um diabo esquecido há muito tempo, e que nós
estamos tentando ajudá-lo a se reerguer, para que daqui há sessenta
anos, ele possa voltar com tudo, e dominar a terra, transformar todos os
terráqueos em seus criados, menos nós, que estamos o ajudando! Nós nos
tornaremos seus ajudantes, teremos todas as riquezas do mundo, assim
como ele! E o resto da população do planeta vai viver na miséria e na
pobreza, como nossos criados! E a única forma de reerguer oDiabolus
dígitos é fazendo sacrifícios meio peculiares! Sacrifícios de dedos
mínimos! Não importa se são dedos mínimos de humanos, desenhos animados,
seja o que for! Se nós fizermos com que várias pessoas não tenham os
dedos mínimos, nós estaremos reerguendo-o! Por isso todos nós e os
desenhos animados têm apenas quatro dedos, pois seus dedos mínimos foram
sacrificados. E eu nasci com uma deformidade: nasci com seis dedos em
cada mão. Por isso eu cortei meus dedos mínimos fora e parece que sou
normal, com cinco dedos. Mas acredite: daqui a sessenta anos, todos os
terráqueos exceto por nós serão criados do Diabolus! E se você contar
para alguém sobre isso, cortaremos SUA CABEÇA fora!
Eu fiquei então de queixo caído. Meu ídolo era um adorador de satã?!
Bem, eu saí correndo naquele momento. Mas nunca contei para ninguém
daquilo. Menti que um cachorro na rua havia arrancado meu dedo mínimo
fora. E o Butch e os Young sabiam que eu nunca contaria a ninguém sobre
sua seita. Mas agora, em 2013, que já sou adulto, pensei melhor e vou me
suicidar. E deixar essa carta aqui como minha carta de suicídio. Para
que todos saibam o que vai acontecer. Para que todos saibam, que daqui a
45 anos, todos nós viraremos míseros escravos sujos doDiabolus dígitos.
Vou cortar minha garganta agora. Bom proveito de suas míseras vidas.
Aproveitem-nas como se você fosse morrer amanhã. Pois o fim está perto.
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